domingo, maio 22, 2005
De onde vimos e para onde vamos?
Portugal, nove séculos de história nos contemplam. Este cantinho á beira mar plantado, nas palavras do poeta, impar na sua história, sempre conseguiu levar a água ao seu moínho.
Começamos do nada, partindo de um condado, conquistamos terras e pessoas, dominamos um império entramos em decadência e depois estabilizamos.
Os nossos problemas ao longo da história, foram quase sempre os mesmos, os problemas que hoje pensamos ser actuais são afinal patologias crónicas de um doente.
No entanto, a nossa doença crónica não se trata com cuidados paliativos, como alguns querem fazer parecer, nem com terapia de choque.
Comparo os problemas do défice orçamental, da lentidão e desumanização da justiça e saúde, do cancro da educação a uma doença crónica que se arrasta no tempo e que os médicos teimam em fazer terapia de continuação.No entanto, tal como em todos os doentes, a forma como vivemos a situação depende muito da mentalidade de cada um. E este é o cerne da questão!
Somos um país pobre em recursos naturais e materiais, não conseguimos de forma alguma produzir aquilo que precisamos de consumir, no entanto, ao longo da história sempre conseguimos estreitar relações de forma a superar esse problema.Viram-mo-nos para o mar á cinco séculos e hoje temos de nos virar para a Europa. A Europa oferece-nos hoje a grande oportunidade que sempre disperdiçamos em toda a história: um desenvolvimento sólido e sustentável. È para a Europa que temos de apontar prioridades, promovendo o crescimento económico e façando dele uma opção estratégica para a nossas empresas. O mercado único é a grande oportunidade( é única) de fazermos frente aos Estados Unidos e ao emergente gigante asiático(China).
O nosso problema com a Europa não é de soberania nacional nem de autonomia democrática e cívil, como alguns querem fazer parecer, o nosso problema com a Europa, somos nós próprios.Temos ainda hoje em Portugal, leis e legislação muito burocrática e incompatíveis com os novos desafios que o novo mundo nos exige. Temos de pensar e mudar isso, senão corremos o risco de perder o tão ansiado comboio do progresso e desenvolvimeno.
No passado, sempre conseguimos dar a volta á situação, mal ou bem, sempre nos safamos da tão temida banca rota.E safamo-nos porque tivemos pequenos génios que souberam tomar medidas estruturais e muito importantes para a consolidação de uma economia de mercado estável e ao serviço dos cosumidores. Curiosamente, penso que o principal problema da aplicação de políticas justas e duradoiras nasce da premiscuidade da mera e obsoleta alternancia democrática. Penso que sobre determinadas políticas de cariz estrutural e determinante para o futuro do país deveria haver os chamados pactos de regime de forma a que um consenso alargado pode-se permitir a aplicação prática das mesmas medidas. Andar a alterar constantemente leis básicas e só cria instabilidade e descontrolo.
A nossa sociedade, por incrível que pareça, vive muito de modas. Somos aquilo que os outros querem que nos sejamos e não aquilo que queremos ser, somos aquilo porque o outro é e nãoo que deviamos ser. Falta-nos um espírito de independencia crítica capaz de nos desenvolver social e intelectualmente como seres cultivados e não por mero produto de ideologias emergentes e revolucionárias.
A partir do momento em que abrirmos os olhos, com olhos de ver, para o mundo que nos rodeia, nós portugueses, podemos então dizer que "cumprimos Portugal".
Hugo Martinho
www.intramolecular.blogspot.com
Começamos do nada, partindo de um condado, conquistamos terras e pessoas, dominamos um império entramos em decadência e depois estabilizamos.
Os nossos problemas ao longo da história, foram quase sempre os mesmos, os problemas que hoje pensamos ser actuais são afinal patologias crónicas de um doente.
No entanto, a nossa doença crónica não se trata com cuidados paliativos, como alguns querem fazer parecer, nem com terapia de choque.
Comparo os problemas do défice orçamental, da lentidão e desumanização da justiça e saúde, do cancro da educação a uma doença crónica que se arrasta no tempo e que os médicos teimam em fazer terapia de continuação.No entanto, tal como em todos os doentes, a forma como vivemos a situação depende muito da mentalidade de cada um. E este é o cerne da questão!
Somos um país pobre em recursos naturais e materiais, não conseguimos de forma alguma produzir aquilo que precisamos de consumir, no entanto, ao longo da história sempre conseguimos estreitar relações de forma a superar esse problema.Viram-mo-nos para o mar á cinco séculos e hoje temos de nos virar para a Europa. A Europa oferece-nos hoje a grande oportunidade que sempre disperdiçamos em toda a história: um desenvolvimento sólido e sustentável. È para a Europa que temos de apontar prioridades, promovendo o crescimento económico e façando dele uma opção estratégica para a nossas empresas. O mercado único é a grande oportunidade( é única) de fazermos frente aos Estados Unidos e ao emergente gigante asiático(China).
O nosso problema com a Europa não é de soberania nacional nem de autonomia democrática e cívil, como alguns querem fazer parecer, o nosso problema com a Europa, somos nós próprios.Temos ainda hoje em Portugal, leis e legislação muito burocrática e incompatíveis com os novos desafios que o novo mundo nos exige. Temos de pensar e mudar isso, senão corremos o risco de perder o tão ansiado comboio do progresso e desenvolvimeno.
No passado, sempre conseguimos dar a volta á situação, mal ou bem, sempre nos safamos da tão temida banca rota.E safamo-nos porque tivemos pequenos génios que souberam tomar medidas estruturais e muito importantes para a consolidação de uma economia de mercado estável e ao serviço dos cosumidores. Curiosamente, penso que o principal problema da aplicação de políticas justas e duradoiras nasce da premiscuidade da mera e obsoleta alternancia democrática. Penso que sobre determinadas políticas de cariz estrutural e determinante para o futuro do país deveria haver os chamados pactos de regime de forma a que um consenso alargado pode-se permitir a aplicação prática das mesmas medidas. Andar a alterar constantemente leis básicas e só cria instabilidade e descontrolo.
A nossa sociedade, por incrível que pareça, vive muito de modas. Somos aquilo que os outros querem que nos sejamos e não aquilo que queremos ser, somos aquilo porque o outro é e nãoo que deviamos ser. Falta-nos um espírito de independencia crítica capaz de nos desenvolver social e intelectualmente como seres cultivados e não por mero produto de ideologias emergentes e revolucionárias.
A partir do momento em que abrirmos os olhos, com olhos de ver, para o mundo que nos rodeia, nós portugueses, podemos então dizer que "cumprimos Portugal".
Hugo Martinho
www.intramolecular.blogspot.com