quinta-feira, maio 26, 2005
Nada de fundamentalismos
Vái na volta e lá vêm as questões fracturantes á baila, é como se neste Portugal se tivesse pudor de discutir assuntos urgentes e a prioridade seja aquele tipo de questões que por muito que se disseque o conteúdo nunca passamos da cepa torta.
Ultimamente tem-se falado muito na educação sexual.
Penso que a discussão que tem sido feita é inadequada e muito redutora. A questão da Educação Sexual não deve ser tratada como uma conversa de café ou como um passatempo que foge á rotina dos dias escolares.
Primeiro que tudo á que falar da pessoa humana, como uma entidade orgânica e modelada pela sociedade em que vive, sendo por isso naturalmente munida de estereótipos e preconceitos. O respeito pela dignidade da pessoa humana e da sua intimidade é condição essencial para que este debate seja positivo e credível.
Sou daqueles que acha que a escola não é só um sítio onde se formam (para a vida profissional activa) pessoas mas também um local de cultura e de desenvolvimento de competências quer humanas, quer sociais. A escola deve fomentar o desenvolvimento salutar de cada jovem incutindo-lhe valores universais e capazes de contribuir para o seu desenvolvimento enquanto Homem.
A Educação Sexual não pode ser uma mera disciplina análoga ao corrículo, nem um mero espaço de distracção da miúdagem.
A Educação sexual não é uma exclusiva competência da escola, mas também de toda a sociedade civilizada.
Os assuntos tem de ser abordados de uma forma séria e responsável e não com meras palavras científicas ou graçolas desviantes.Não compete ao docente de Matemática ou Filosofia abordar questões desta índole como se fosse uma obrigação curricular, é por isso que considero que devia ser supervisionada por psicólogos e técnicos superiores da área da saúde.
Eu considero que introduzir uma disciplina desta índole nos currículos é extremamente complexa e analisando os benefícios e os malefícios para o aluno é preferível que a educação sexual seja dada sobre a forma de seminários e palestras de componente obrigatória e nos chamados períodos de pouca actividade lectiva para todos os alunos pré-adolescentes e adolescentes.
Os assuntos a abordar devem visar um objectivo principal: uma educação para a saúde sexual enquanto condição humana. Deve-se promover a informação sobre o desenvolvimento humano, as relações interpessoais e um correcto esclarecimento dos meios de contracepção, planeamento familiar e doenças sexualmente transmissíveis.
Não cabe á escola, por mais que tentamos, substituir o papel de confiança entre o jovem e o grupo onde se insere(com as cumplicidades devidas) e principalmente a relação entre o jovem e a família. É no seio de uma relação aberta e cumplíce que os pais devem alertar, formar e compreender a educação sexual como um assunto importante no desenvolvimento cívico do seu filho.
Entendo por isso que a educação sexual não deve seguir o mero modelo fundamentalista que alguns defendem, mas sim um papel sério e responsável, respeitando as relações familiares e sociais .
Há que respeitar as motivações e a intimidade da pessoa humana bem como a liberdade que cada um tem de abordar voluntariamente ou não estas questões!
Hugo Martinho
www.intramolecular.blogspot.com
Ultimamente tem-se falado muito na educação sexual.
Penso que a discussão que tem sido feita é inadequada e muito redutora. A questão da Educação Sexual não deve ser tratada como uma conversa de café ou como um passatempo que foge á rotina dos dias escolares.
Primeiro que tudo á que falar da pessoa humana, como uma entidade orgânica e modelada pela sociedade em que vive, sendo por isso naturalmente munida de estereótipos e preconceitos. O respeito pela dignidade da pessoa humana e da sua intimidade é condição essencial para que este debate seja positivo e credível.
Sou daqueles que acha que a escola não é só um sítio onde se formam (para a vida profissional activa) pessoas mas também um local de cultura e de desenvolvimento de competências quer humanas, quer sociais. A escola deve fomentar o desenvolvimento salutar de cada jovem incutindo-lhe valores universais e capazes de contribuir para o seu desenvolvimento enquanto Homem.
A Educação Sexual não pode ser uma mera disciplina análoga ao corrículo, nem um mero espaço de distracção da miúdagem.
A Educação sexual não é uma exclusiva competência da escola, mas também de toda a sociedade civilizada.
Os assuntos tem de ser abordados de uma forma séria e responsável e não com meras palavras científicas ou graçolas desviantes.Não compete ao docente de Matemática ou Filosofia abordar questões desta índole como se fosse uma obrigação curricular, é por isso que considero que devia ser supervisionada por psicólogos e técnicos superiores da área da saúde.
Eu considero que introduzir uma disciplina desta índole nos currículos é extremamente complexa e analisando os benefícios e os malefícios para o aluno é preferível que a educação sexual seja dada sobre a forma de seminários e palestras de componente obrigatória e nos chamados períodos de pouca actividade lectiva para todos os alunos pré-adolescentes e adolescentes.
Os assuntos a abordar devem visar um objectivo principal: uma educação para a saúde sexual enquanto condição humana. Deve-se promover a informação sobre o desenvolvimento humano, as relações interpessoais e um correcto esclarecimento dos meios de contracepção, planeamento familiar e doenças sexualmente transmissíveis.
Não cabe á escola, por mais que tentamos, substituir o papel de confiança entre o jovem e o grupo onde se insere(com as cumplicidades devidas) e principalmente a relação entre o jovem e a família. É no seio de uma relação aberta e cumplíce que os pais devem alertar, formar e compreender a educação sexual como um assunto importante no desenvolvimento cívico do seu filho.
Entendo por isso que a educação sexual não deve seguir o mero modelo fundamentalista que alguns defendem, mas sim um papel sério e responsável, respeitando as relações familiares e sociais .
Há que respeitar as motivações e a intimidade da pessoa humana bem como a liberdade que cada um tem de abordar voluntariamente ou não estas questões!
Hugo Martinho
www.intramolecular.blogspot.com