terça-feira, maio 10, 2005

 

Não há dinheiro para a escola?

Ponte de Sor é de facto uma terra absurdamente singular.Tenho pena ás vezes daqueles que querem fazer alguma coisa por ela,que têm ideias e que sobretudo têm vontade de trabalhar.

Vou contar-vos um episódio que me aconteceu Há algum tempo,quando era o presidente da associação de estudantes da escola secundária.
Como é do conhecimento geral essa organização, por sinal a única do género na Ponte de Sor, não teme atribuida qualquer verba (nem um cêntimo de euro!) por qualquer entidade público-privada, tornando-se por isso extremamente dificil gerir o que quer que seja. Na altura a única fonte de receita eram os quinhentos escudos de lucro que obtinhamos pelo aluguer dos cacifos aos alunos.Não tinhamos verba para actividades desportivas, cinema ou mesmo conferência. Estavamos na época do pantanoso e transloucado governo socialista de Guterres, foi então que resolvi escrever duas cartas: uma para a Câmara Municipal e outra para a Junta a pedir auxílio. A resposta da Câmara veio 2 meses depois(nesta terra não deve de haver correios) e era obviamente negativa:«neste momento não há verba», a resposta da Junta que eu saiba até hoje, passados mais de 3 anos ainda não chegou.
Este acontecimento ajudou-me a compreender o caracter dos nossos governantes.
Mas afinal há verba para o Eléctrico e não há para a escola?
Mas afinal há verba para festas da cidade e arredores e não há para a escola?
Mas afinal há verba para viagens transcontinentais da comitiva presidencial da ponte e não há para a escola?
Há dinheiro para fazer e desfazer rotundas e não há para a escola?
Sinceramente, isto deixou-me a mim e aos restantes membros da direcção indignados.

Talvez Catarina tenhas razao, os jovens não votam!

Mas atenção,a culpa não é de uma única pessoa é de todos os que constituem os orgãos de soberania autartica.

Envergonha-me saber que tudo se fez pelo desporto e nada se fez pela educação.Isto só mostra que afinal nem todos os socialistas têm a paixoneta da educação!


Mas é sobretudo triste assistir á miséria revoltante que chegou o nosso país, á completa decadência á falta de objectivo´que impera no nosso pais a partir do dia 20 de fevereiro. As trapalhadas afinal, também já começaram:
- são hospitais que devem ser feitos, mas que já não vão ser feitos;
- é um ministro da saúde caduco, em guerra aberta com os farmacêuticos a favorecer o lobby dos grandes hipermercados deixando á mercê de funcionários sem qualificação a saúde as pessoas
- é a falta de rigor na agenda dos referendos, com confusão de prioridades
- é um ministro dos negócios estrangeiros ex-conservador, ex-direita,ex-tudo o que defendeu
Às vezes confesso, tenho algumas dificuldades em perceber se é o doutor Louçã se o Ps que nos governa tal são as semelhanças.
Triste sina!

Hugo Martinho

Comments:
A ciência política nasce da divergência de opiniões que caracteriza a sociedade em geral.

Por outro lado, desde que o homem é um ser racional que utililiza e faz-se valer dos valores e atitudes para poder trilhar caminhos indespensáveis á organização de uma sociedade.
A história das ideias políticas confunde-se com a complexidade da vivência humana.As ciência política desenvolveu-se com base no natural pragmatismo que caracteriza o homem.É com base na elaboração de padrões sociais, da distinção do mau e do bom que nasce a necessidade de estabelecer regras básicas de funcionamento social.
A política á uma ciência em constante expansão sendo talvez a que é mais influênciada por outras ciências, uma vez que o seu fundamento assenta na normalização do indivíduo.Outras áreas do saber humanistico como o Direito e a Religião são fulcrais para o seu desenvolvimento.
A ideologia, ou seja as ideias basilares, em política são diferentes entre cada organização.

A formação de partidos políticos é um fenómeno característico de uma sociedade democrática que centra no povo a capacidade de decisão sobre os mais capazes que querem ver na política.As organizações políticas não são hoje estruturas estáticas onde reina no unanimismo ou a complacência total, muito pelo contrário são espaços de debate e de confronto mesmo entre aqueles que partilham uma matriz política semelhante. Os partidos teimaram ao longo do tempo, em descobrir que o seu sucesso, nasce na capacidade de os abrir á sociedade civil, deixando de ser grupos restritos para passarem a ser agregações multi-ideológicas.
A actual hierarquização partidária em que os dirigentes são naturais candidatos a cargos públicos está completamente desactualizada, as pessoas já não querem o A, B ou C só porque é presidente deste ou daquele partido, as pessoas hoje querem uma cara, um rosto, que mesmo representando a matriz partidária, pode não ser necessáriamente presidente ou dirigente
È ao encontro das pessoas que as estruturas partidárias devem ir,é ao encontro dos problemas que afligem o Zé a Maria ou o Chico.O Zé não quer saber se o candidato é de esquerda ou direita, o que o Zé quer saber é o que fez esse homem para merecer esse lugar, qual a sua notoriedade que projecto tem para ele.
A política não é um mero exercício do poder pelo poder,a política é a busca incessante de uma melhor vida para os outros.

Cada vez me convenço mais, que os melhores políticos são aqueles que não precisam dela para sobreviver, veja-se o caso de Cavaco Silva, esse homem a quem os portugueses confiaram duas maiorias absolutas, dez anos do seu futuro e ainda hoje esperam ansiosamente que ele volte.Mas ele não precisa da política, é por isso que foi tão bom!
Aos que ainda hoje continuam agarrados á cadeira do poder, resta a esperança de terem um pingo de dignidade.

Martinho
 
podes adicionar ao post principal
martin
 
se poderes publica tb no ponte de sor juntamente com o outro
abraço master, lol
martinho
 
Só um reparo caro Martinho! Já vi que retórica não te falta! Referes-te à falta de apoio da autarquia no que toca à educação, certo? Então permite-me que faça alguns reparos ortográficos: Quando queres fazer referência a algo que existe usas a vogal "a" antecedida da consoante "H"... Ficaria qualquer coisa do género "Há muita gente que critica, mas poucos fariam melhor" Aqui podes verificar o uso correcto da palavra "Há", percebeste? Se não percebeste não sei de que vale teceres criticas tão fugazes à educação qd és o 1º a cometer este tipo de erros... São estas pequenas coisas que convem ter em linha de conta. Pensa nisso! Um abraço!
 
Enviar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?