segunda-feira, maio 23, 2005

 

"Sexo” é assunto privado.

A masturbação intelectual dos pós-modernos e a burocratização do sexo. E por que carga-de-água estes pedagogos...
...nunca metem os filhos no ensino público?



1 - Nesta Era de “imbecilização” às mãos da pedagogia pós-moderna, a escola tem de ser um reflexo da sociedade. Se os miúdos começam a ter sexo aos 15, então, temos de ensinar-lhes a masturbação aos 10. Brilhante. Problema? Quando isso sucede, a escola deixa de ser escola e passa a ser outra coisa qualquer.

Este caso é tão ridículo que parece coisa de Monty Pythons. O pessoal do “Gato Fedorento” vai adorar fazer uma rábula com esta “masturbação intelectual” (Woody Allen). Porque é isso que está em cima da mesa: uma masturbação intelectual de alguns iluminados. Meus caros, podem masturbar-se à vontade.
Só peço um favor: façam-no em casa.

2- Por que carga-de-água estes iluminados julgam que podem entrar assim na privacidade das crianças? Já não há direito à privacidade? A sociedade do Orwell, do Huxley e do Zamiatiane já esteve mais longe de ganhar vida.

3 – Algumas pessoas não compreendem as críticas. Dizem: “mas a masturbação é uma coisa tão natural. Não sejam moralistas”. É pá, obrigado! Sabem, é que as direitas ainda fazem sexo de luz apagada. Obrigado. Não sabia que a masturbação era natural…

A questão não é saber se é natural ou não. Não é isso que está em causa. Uma coisa é tratar as coisas com naturalidade, outra é impor, via estado, uma espécie de burocratização dos comportamentos sexuais. O diálogo sobre o sexo é um direito exclusivo dos pais. São eles que devem decidir o momento e o conteúdo das conversas. O estado não tem nada que meter o bedelho nestas coisas.

Em suma, o estado nem deve dar “religião e moral” nem oferecer “masturbação assistida”. Os comportamentos privados não pertencem à esfera pública. Querem que os professores ensinem as raízes quadradas da masturbação? Óptimo. Construam escolas privadas onde isso seja legítimo, mas não tenham a arrogância de impor uma visão moral aos restantes, servindo-se, ainda por cima, dos instrumentos do estado.

4. Há aqui muito feminismo radical. O feminismo radical (atenção, minhas caras, estou a criticar o feminismo e não as mulheres) sempre quis atacar a família. Porque a família, aqui, é uma espécie de tirania. E esta medida é precisamente um ataque à maternidade/paternidade, ao direito que os pais têm sobre a educação dos seus filhos. O feminismo radical, é bom lembrar, põe em causa um dos preceitos básicos do nosso regime constitucional: o privado não é um espaço político.

5– Os iluminados apelidarão as pessoas que discordam desta medida com o velho cliché: “reaccionários”. Pois bem, então, também têm de chamar reaccionário ao maior intelectual vivo: George Steiner (ler as “Lições dos Mestres”).

6- Curioso: os indivíduos que planeiam estas experiências nas escolas públicas colocam sempre os seus filhos nos melhores colégios privados. Muito Curioso. Nós (aqueles que tiveram e têm de passar pelo suplício do ensino público) somos cobaias de pós-modernos iluminados, que, curiosamente, não querem expor os seus próprios filhos às suas próprias experiências…

8 – Aos políticos, uma palavra: limpem o ministério. Estes pedagogos não querem saber das crianças. Querem saber apenas da sua “masturbação intelectual”.

[Henrique Raposo]

www.oacidental.blogspot.com

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