sábado, junho 18, 2005

 

Campos e Cunha





“A melhor maneira de proteger os pobres é ter um Estado sólido e finanças públicas sãs que possam garantir o estado social”, afirmou o ministro. (Jornal Público)

Até aqui tudo bem, o problema é quando este afirma que para “isolar os segmentos mais pobres” é que o governo não aumentou a taxa mínima deste imposto. Quanto aos efeitos do aumento na competitividade empresarial, disse ser “um falso problema”, porque as empresas exportam sem IVA.

Então a dimensão do mercado interno não afecta a competitividade empresarial? A redução do poder de compra das famílias não altera a procura dos bens e serviços de empresas nacionais? A solidez das nossas empresas depende apenas da procura externa?
As famílias pobres só consomem bens a 5% de IVA? As economias de escala perdidas no mercado interno não influenciam a competitividade das nossas exportações?

Estamos a falar com um economista ou com um mangas-de-alpaca?

Gela-me a espinha quando leio afirmações destas e temo pelo futuro do nosso país.
Cada vez mais a economia paralela é a âncora de sobrevivência das famílias pobres e o subterfúgio das empresas e empresários individuais que não querem pagar a injusta carga fiscal. O estado continua na senda autista de gastar o que não é dele e subir a parada dos impostos numa tocata e fuga que já desafinou há muito tempo. No jogo do rato e do gato perde sempre o menos eficiente: o Estado.

Não voltarei a escrever “ministro” com a consoante inicial maiúscula. Há deferências que não fazem sentido.

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