quarta-feira, junho 01, 2005
PS defende que eleição de Cavaco criará instabilidade
Dirigentes sustentam que eleição de Cavaco não seria boa para a estabilidade do País e alertam que, se for eleito para Belém, procurará presidencializar o regime
O PS está a alimentar a tese de que uma eventual eleição de Cavaco Silva para a presidência da República pode vir a ser um factor de instabilidade no país e a ameaçar o Governo liderado por José Sócrates. Os socialistas defendem esta teoria com base no perfil interventivodo ex-primeiro-ministro e não afastam o fantasma de Cavaco convocar eleições antecipadas. «Admitindo a possibilidade de Cavaco Silva ser candidato e vencer as eleições, pressupõe que, pela sua personalidade, não dará garantias de muita estabilidade», afirma Capoulas Santos, membro da Comissão Política do PS. O ex-ministro e actual eurodeputado considera que a vitória de Cavaco «não seria boa para a estabilidade do país».
A ideia de que Cavaco Silva poderá ser prejudicial ao Governo de José Sócrates e vir a criar instabilidade foi lançada pelo ex-líder do partido, Eduardo Ferro Rodrigues, mas é consensual entre os dirigentes do PS. José Augusto Carvalho, da Comissão Política, diz ter «muitas dúvidas de qualquer hipótese de solidariedade, mesmo que institucional, de Cavaco Silva com o Governo de José Sócrates». «Mais facilmente poderia, em tese, dissolver o Parlamento, do que alguém que não seja nosso adversário político», alerta o ex- secretário de Estado da Administração Local.
O deputado e dirigente socialista, Osvaldo de Castro, vai mais longe e defende que a hipótese de Cavaco vir a dissolver o Parlamento «não pode ser descartada». «Cavaco seria um presidente com perfil financista, que pode ter tentações de intervir, mas que pode, ainda que dentro dos limites da Constituição, procurar colocar a direita numa posição confortável».
Osvaldo de Castro defende que o ex-primeiro-ministro pode vir a constituir «um perigo real», no caso de, por exemplo, o Governo não atingir as metas a nível orçamental.
In A Capital
Afinal quem abriu o precedente de dissolver maiorias parlamentares foi o PS na figura do Dr. Jorge Sampaio.
Não entendo o porque de tanta admiração se o Prof Cavaco Silva entender dissolver o parlamento mais uma vez...Quem nao deve, não teme!
Carlos Marques Sousa
O PS está a alimentar a tese de que uma eventual eleição de Cavaco Silva para a presidência da República pode vir a ser um factor de instabilidade no país e a ameaçar o Governo liderado por José Sócrates. Os socialistas defendem esta teoria com base no perfil interventivodo ex-primeiro-ministro e não afastam o fantasma de Cavaco convocar eleições antecipadas. «Admitindo a possibilidade de Cavaco Silva ser candidato e vencer as eleições, pressupõe que, pela sua personalidade, não dará garantias de muita estabilidade», afirma Capoulas Santos, membro da Comissão Política do PS. O ex-ministro e actual eurodeputado considera que a vitória de Cavaco «não seria boa para a estabilidade do país».
A ideia de que Cavaco Silva poderá ser prejudicial ao Governo de José Sócrates e vir a criar instabilidade foi lançada pelo ex-líder do partido, Eduardo Ferro Rodrigues, mas é consensual entre os dirigentes do PS. José Augusto Carvalho, da Comissão Política, diz ter «muitas dúvidas de qualquer hipótese de solidariedade, mesmo que institucional, de Cavaco Silva com o Governo de José Sócrates». «Mais facilmente poderia, em tese, dissolver o Parlamento, do que alguém que não seja nosso adversário político», alerta o ex- secretário de Estado da Administração Local.
O deputado e dirigente socialista, Osvaldo de Castro, vai mais longe e defende que a hipótese de Cavaco vir a dissolver o Parlamento «não pode ser descartada». «Cavaco seria um presidente com perfil financista, que pode ter tentações de intervir, mas que pode, ainda que dentro dos limites da Constituição, procurar colocar a direita numa posição confortável».
Osvaldo de Castro defende que o ex-primeiro-ministro pode vir a constituir «um perigo real», no caso de, por exemplo, o Governo não atingir as metas a nível orçamental.
In A Capital
Afinal quem abriu o precedente de dissolver maiorias parlamentares foi o PS na figura do Dr. Jorge Sampaio.
Não entendo o porque de tanta admiração se o Prof Cavaco Silva entender dissolver o parlamento mais uma vez...Quem nao deve, não teme!
Carlos Marques Sousa