quinta-feira, julho 07, 2005
Mais uma vez as prioridades
Ontem, o Governo veio apresentar o seu programa para incentivar a economia nacional, dando conta da intenção de, nos próximos anos, injectar nela 25 mil milhões de euros entre investimento público e privado (curioso plano, aliás, que prevê uma contribuição maior dos investidores particulares do que do Estado).
É dificil de compreender estas medidas pois são completamente contraditórias com aquela que era, supostamente, a principal prioridade política deste executivo!
Os gastos mais significativos vão ser feitos naquilo que é conhecido como a “política do betão”, como é o caso do TGV ou do megalómano aeroporto da Ota(deixem-me já agora dizer que não consigo perceber esta obsessão do Partido Socialista com a Ota, que é dos primeiros assuntos em que tocam quando regressam ao poder)...
Quanto ao TGV que irá fazer a ligação Lisboa-Badajoz-Madrid, concordo, pois há toda uma infraestrutura que gira em torno deste modo de transporte, que poderá trazer mais alguns postos de trabalho e desenvolver o nosso distrito, nomeadamente na zona de Elvas (espero que não se esqueçam de insistir numa paragem em Elvas e não em Badajoz). Na ligação Lisboa-Porto não me parece ser o timing exacto pois as nossas contas não respiram grande saúde e existem outras prioridades...
Já no que toca ao aeroporta da Ota, não posso estar mais em desacordo! Ao que parece o governo apoia-se em decisões de economistas (que têm um papel mto importante para este tipo de estudos) mas no que toca à viabilidade de uma infraestrutura de transportes pouco ou nada percebem, pois este não é o seu ramo. Tive uma cadeira na faculdade, que se chama Transportes e que é leccionada por um dos maiores especialistas que temos nesta matéria, o Prof. José Manuel Viegas. A opinão do professor quanto à Ota residia basicamente num exemplo muito simples: aquando do Euro-2004 o nosso país mostrou capacidade de absorver um enorme fluxo de viagens para o aeroporto da Portela, a fim de evitar a rotura do mesmo, contruiu-se uma infraestrutura provisória num aeroporto das imediações da cidade onde não houve qualquer tipo de problemas. Mostamos assim a ‘tal’ capacidade que o governo afirma que nós não iremos ter daqui a 20 anos... Palavras para quê?
Verbas para o célebre "plano tecnológico", na visão do eng. José Sócrates a chave para a resolução de todos os problemas do País, são muito poucas. Aliás, o "plano tecnológico" está como o seu principal artífice - o ministro da Economia (ambos desaparecidos). Percebe-se porquê o ministro anda tão preocupado em desmentir as notícias da sua eventual demissão, que não tem tempo para se concentrar, a sério, em questões de substância.
Temos todas as razões para estar preocupados com o estado da governação e com as suas consequências sobre o estado da Nação.
Felizmente, vamos ter em Outubro e em Janeiro dois excelentes momentos para manifestar essa preocupação.
João Sanganha
É dificil de compreender estas medidas pois são completamente contraditórias com aquela que era, supostamente, a principal prioridade política deste executivo!
Os gastos mais significativos vão ser feitos naquilo que é conhecido como a “política do betão”, como é o caso do TGV ou do megalómano aeroporto da Ota(deixem-me já agora dizer que não consigo perceber esta obsessão do Partido Socialista com a Ota, que é dos primeiros assuntos em que tocam quando regressam ao poder)...
Quanto ao TGV que irá fazer a ligação Lisboa-Badajoz-Madrid, concordo, pois há toda uma infraestrutura que gira em torno deste modo de transporte, que poderá trazer mais alguns postos de trabalho e desenvolver o nosso distrito, nomeadamente na zona de Elvas (espero que não se esqueçam de insistir numa paragem em Elvas e não em Badajoz). Na ligação Lisboa-Porto não me parece ser o timing exacto pois as nossas contas não respiram grande saúde e existem outras prioridades...
Já no que toca ao aeroporta da Ota, não posso estar mais em desacordo! Ao que parece o governo apoia-se em decisões de economistas (que têm um papel mto importante para este tipo de estudos) mas no que toca à viabilidade de uma infraestrutura de transportes pouco ou nada percebem, pois este não é o seu ramo. Tive uma cadeira na faculdade, que se chama Transportes e que é leccionada por um dos maiores especialistas que temos nesta matéria, o Prof. José Manuel Viegas. A opinão do professor quanto à Ota residia basicamente num exemplo muito simples: aquando do Euro-2004 o nosso país mostrou capacidade de absorver um enorme fluxo de viagens para o aeroporto da Portela, a fim de evitar a rotura do mesmo, contruiu-se uma infraestrutura provisória num aeroporto das imediações da cidade onde não houve qualquer tipo de problemas. Mostamos assim a ‘tal’ capacidade que o governo afirma que nós não iremos ter daqui a 20 anos... Palavras para quê?
Verbas para o célebre "plano tecnológico", na visão do eng. José Sócrates a chave para a resolução de todos os problemas do País, são muito poucas. Aliás, o "plano tecnológico" está como o seu principal artífice - o ministro da Economia (ambos desaparecidos). Percebe-se porquê o ministro anda tão preocupado em desmentir as notícias da sua eventual demissão, que não tem tempo para se concentrar, a sério, em questões de substância.
Temos todas as razões para estar preocupados com o estado da governação e com as suas consequências sobre o estado da Nação.
Felizmente, vamos ter em Outubro e em Janeiro dois excelentes momentos para manifestar essa preocupação.
João Sanganha
Comments:
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Escreveste um artigo de opinião muito interessante, mas surpreende-me acreditares que meio Portugal mude assim, em tão pouco tempo, de opinião em relação ao eng. José Sócrates. Afinal, sete meses ou mesmo dez nem é assim tanto tempo...
João, continua que Ponte de Sor e o PSD ainda vão necessitar muito de ti.Tu e o Gonçalo têm que ser os próximos lideres do PSD.
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