sábado, julho 23, 2005

 

O cheiro a « mofo » da Politica

Para um cidadão que sempre viveu no interior do país e mais precisamente no interior alentejano em Ponte de Sor, é imperioso que normalmente conclua que o comportamento dos políticos no poder – e desde a implantação do regime democrático – em nada se pode julgar congruente com este regime.A Democracia implica, antes que tudo, que haja um conceito de Igualdade entre as pessoas humanas, assente que é o pressuposto de que a vida em sociedade tem nestas o principal objectivo de conduta. A dignidade da pessoa humana é o travão a todos e quaisquer exageros ou desvarios de quem manuseia o poder político. Poder político que tem que orientar a sua acção e os seus programas no sentido da plena solidariedade entre as pessoas e as terras que geograficamente habitam. Não pode o poder democrático criar “ghetos” no território nacional ou pretender, na prática, criar faixas de marginalização e abandono. O que tem acontecido – e haja quem na prática o desminta – relativamente ao alentejo e o que faz concluir, para mágoa minha e de milhares, que mais valeria a este quinhão territorial e aos seus habitantes, ter continuado sob a alçada de um regime de ditadura como o de antes do 25 de Abril/74. É que, objectiva e notoriamente, este canto ou “chaga do canto de Portugal” (sic. Torga) não sarou. Pelo contrário, parece já ter gangrenado e estar no limiar do total abandono e da falta de condições para que as pessoas aqui possam viver com as expectativas de que integram um espaço europeu moderno, mais desenvolvido e mais alargado. Nesta região a agricultura esta de rastos, já não há expectativas de emprego, já não há expectativas empresariais locais, não há gás natural, não há auto-estradas, não há politécnico, não há saúde a contento, já não há jovens que a queiram manter povoada. Tudo por culpa grave do poder que à sombra da boa vontade das pessoas, através do voto, vieram ocupando os cadeirões do Terreiro do Paço. De onde meteram na gaveta os princípios e os valores enformadores da Democracia, e que por falsas-promessas os levaram a esses “enobrecidos e faustos” cadeirões. De onde vociferam justificações inconsistentes e desconexadas com todos e quaisquer valores democráticos. De onde falam e cada vez mais infestam de mofo a pureza da política democrática no seu alcance axiológico. É tempo de começar a surgir quem a esta falsa democracia diga… NÃO
Carlos Marques Sousa

Comments:
Presumo que essa indignação com o poder instalado nos últimos anos seja extensível aos vários governos do PSD. Mas se é, porque é que não o disse? O seu texto é vago e sem conteúdo. Disse umas banalidades, e depois? Se acha que a política cheira a mofo e está infectada, candidate-se a político e mostre que sabe fazer melhor.
 
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