quinta-feira, outubro 06, 2005

 

PALAVRA DE PRIMEIRO-MINISTRO

Não houve contactos entre o PS e Fátima Felgueiras. Palavra de José Sócrates. O Governo não vai aumentar os impostos. Palavra de José Sócrates. Não vai haver despedimentos na Função Pública. Palavra de José Sócrates.

Quem ouve o nosso primeiro-ministro não pode deixar de se lembrar da máxima de Humphrey, na célebre série cómica inglesa “Sim, Senhor Primeiro-Ministro”: «Nunca se deve acreditar em nada enquanto não for desmentido oficialmente».

E verdade se diga, nunca houve nenhum primeiro-ministro que se assemelhasse tanto ao seu congénere desta série inglesa como o nosso José Sócrates. Com uma ligeira diferença: enquanto o primeiro-ministro da série pretendia ser a caricatura de um primeiro-ministro, o José Sócrates é a caricatura perfeita do primeiro-ministro da série. A tal ponto que eu, que me divertia imenso sempre que revia aquela série, passei agora a achar o primeiro-ministro da série um político extremamente sério, sensato e competente, tendo em conta o meu actual termo de comparação.

Quando falamos de seriedade, é importante esclarecer que não se trata nem de uma qualidade inata, nem tão pouco de uma qualidade que não se possa perder a qualquer momento. Ou seja, não só ninguém nasce sério como também qualquer pessoa séria não está impedida de deixar de o ser.

Com efeito, se uma pessoa séria, para conseguir um emprego ou vencer umas eleições, tiver de mentir, pode, evidentemente, conseguir, com isso, o emprego ou a vitória eleitoral, mas deixa de ser uma pessoa séria. A seriedade não admite parênteses.

Ora, durante a campanha eleitoral, José Sócrates assumiu publicamente compromissos muito concretos e definidos (não me refiro, evidentemente, às promessas de carácter geral e abstracto, habituais em todas as campanhas eleitorais) que estava obrigado a cumprir. Se fosse uma pessoa séria, obviamente. Foi para isso e por isso que o povo português lhe deu o voto nas urnas. E das duas uma: ou cumpria-os ou demitia-se, caso considerasse que não era capaz de os cumprir. É assim que agem as pessoas sérias.

Isto vem também a propósito da escolha do deputado socialista Guilherme de Oliveira para presidente do Tribunal de Contas. Ora, se o Tribunal de Contas se destina precisamente a fiscalizar as contas do Governo e da Administração Pública, o simples facto de se ser deputado da bancada do Governo deveria ser impeditivo para que este o escolhesse para aquele cargo. E as razões éticas são as mesmas que impedem um juiz de presidir a julgamentos em que o filho é advogado ou um professor de corrigir provas de exames dos seus filhos ou, em casos de exames nacionais, de corrigir provas de alunos da sua escola. Penso que qualquer pessoa séria entende isto.

O povo português tem, pois, não só direito à indignação como também o dever de indignar-se (não concorda comigo, Dr. Mário Soares?).

Mas nem tudo tem sido mau na actuação do nosso primeiro-ministro. A sua actuação durante o flagelo dos incêndios, sacrificando as férias, para acompanhar de perto o combate aos incêndios foi exemplar, quando comparada com a de George W. Bush que, enquanto decorriam as operações de socorro às pessoas de Nova Orleães, aproveitou para ir de férias com a família para o Quénia fazer um safari.

Santana-Maia Leonardo, in Primeira Linha

Comments:
Nunca tinha visto uma pessoa tão mentirosa como o José Sócrates. Mas há uma aqui em ponte de sor que é tão mentirosa como ela. Sabem a quem me refiro? Acho que é tão evidente que nem é preciso dizer o nome. O socialistas que se cuidem... Qualquer dia socialista começa a ser sinónimo de aldrabão.
 
Eu não me vou recandidatar a presidente da Câmara. A única chamada pronográfica efectuada de telefones da Câmara Municipal foi de 10 contos e foi feita em 2002. O funcionário já repôs o dinheiro. A zona industrial a norte da linha férrea foi projectada e executada por mim, ainda antes de ter sido eleito presidente. E também fui eu, quando era deputado do PS na Assembleia Municipal, que construí o açude, fiz o projecto da zona ribeirinha, fiz o Pavilhão Municipal e comprei e fiz o projecto do Cine-Teatro. O Zé Amante, nessa altura, era o presidente da Câmara mas já não mandava nada. Tudo isso é obra minha. A INLAN e a SUBERCENTRO fixaram-se em Ponte de Sor porque sabiam que, mais dia menos dia, eu ia ser presidente da Câmara. Eu nunca minto. Sou uma pessoa grande, bonita e boa, ao contrário dos outros que são gente pequena, feia e má.
 
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