domingo, janeiro 15, 2006
A arrogância esquerdista e a brigada da birra
Estas eleições estão decididas. Há 2 anos, pelo menos. Vai ganhar um candidato que, em Portugal, é conotado com a Direita. As esquerdas sabem que não vão vencer. E as esquerdas, quando perdem, revelam todo o seu mau feitio. As ideologias são sempre birrentas.
É para isto que serve esta campanha: para vermos ao vivo e a cores as entranhas arrogantes das esquerdas. E é inquietante ver todos os dias esta imaturidade democrática. Os candidatos de esquerda – todos e sem excepção - julgam-se senhores do país, julgam-se senhores das instituições. Os nossos esquerdistas fazem lembrar os aristocratas de séculos passados: acham que têm o direito divino à governação. O poder é deles. E não suportam que um membro da “plebe” (leia-se: direita) assuma o comando. É anti-natura, pensam.
Soares diz várias vezes: “mas Ele não fala da globalização”. Errado. Cavaco falou da globalização. Não falou da mesma forma que Soares, mas falou. Deu à globalização uma entoação positiva. Mas, para Soares, falar da globalização é sinónimo de criticar a globalização. Nenhuma pessoa de bem pode encontrar coisas positivas nessa coisa que anda a americanizar o mundo. Logo, Cavaco é inferior, é inculto. A esquerda sempre usou este mecanismo: apelida de inculto aqueles que discordam da “cultura” de esquerda.
E Cavaco ousou não falar do disparate da moda: a “cidadania global”. Quem diria? É sinal de que Cavaco sabe de uma coisa muito simples: uma eleição local tem legitimidade; uma demonstração de rua ao abrigo dos termos “cidadania global” ou “opinião pública mundial” não tem qualquer legitimidade. A não ser que a Rua tenha mais importância que a Urna.
Jerónimo de Sousa prefere falar em interesses obscuros. A forma como Jerónimo fala dos “ricos” faz lembrar a forma como os jacobinos falavam dos nobres: gente sem dignidade, gente a esmagar sem misericórdia. “Os homens do dinheiro”, isto é, os perversos desumanos que sugam as energias do povo. Este “homens do dinheiro” não é um ataque político. É uma recusa pessoal e ética.
Mas o pior chegará na noite de 22. Vai ser um festival de birra. Vão falar de uma investida obscura, de conspiração jornalística. Vão dizer que o povo foi enganado. Outra velha arma: o povo, quando não escolhe a esquerda, vive em “falsa consciência”. A boa consciência, a consciência genuína só aparece quando a esquerda vence.
A campanha não serviu para nada, diz-se. Discordo. Serviu para revelar que a Democracia é uma ameaça para a patrulha da birra ideológica.
[Henrique Raposo]
in http://www.oacidental.blogspot.com/
É para isto que serve esta campanha: para vermos ao vivo e a cores as entranhas arrogantes das esquerdas. E é inquietante ver todos os dias esta imaturidade democrática. Os candidatos de esquerda – todos e sem excepção - julgam-se senhores do país, julgam-se senhores das instituições. Os nossos esquerdistas fazem lembrar os aristocratas de séculos passados: acham que têm o direito divino à governação. O poder é deles. E não suportam que um membro da “plebe” (leia-se: direita) assuma o comando. É anti-natura, pensam.
Soares diz várias vezes: “mas Ele não fala da globalização”. Errado. Cavaco falou da globalização. Não falou da mesma forma que Soares, mas falou. Deu à globalização uma entoação positiva. Mas, para Soares, falar da globalização é sinónimo de criticar a globalização. Nenhuma pessoa de bem pode encontrar coisas positivas nessa coisa que anda a americanizar o mundo. Logo, Cavaco é inferior, é inculto. A esquerda sempre usou este mecanismo: apelida de inculto aqueles que discordam da “cultura” de esquerda.
E Cavaco ousou não falar do disparate da moda: a “cidadania global”. Quem diria? É sinal de que Cavaco sabe de uma coisa muito simples: uma eleição local tem legitimidade; uma demonstração de rua ao abrigo dos termos “cidadania global” ou “opinião pública mundial” não tem qualquer legitimidade. A não ser que a Rua tenha mais importância que a Urna.
Jerónimo de Sousa prefere falar em interesses obscuros. A forma como Jerónimo fala dos “ricos” faz lembrar a forma como os jacobinos falavam dos nobres: gente sem dignidade, gente a esmagar sem misericórdia. “Os homens do dinheiro”, isto é, os perversos desumanos que sugam as energias do povo. Este “homens do dinheiro” não é um ataque político. É uma recusa pessoal e ética.
Mas o pior chegará na noite de 22. Vai ser um festival de birra. Vão falar de uma investida obscura, de conspiração jornalística. Vão dizer que o povo foi enganado. Outra velha arma: o povo, quando não escolhe a esquerda, vive em “falsa consciência”. A boa consciência, a consciência genuína só aparece quando a esquerda vence.
A campanha não serviu para nada, diz-se. Discordo. Serviu para revelar que a Democracia é uma ameaça para a patrulha da birra ideológica.
[Henrique Raposo]
in http://www.oacidental.blogspot.com/