sexta-feira, junho 30, 2006
Portugal deve apoiar luso-descendentes
Os Descobrimentos são indiscutivelmente o período mais alto da história de Portugal, em que ao poderio económico se aliava a influência política, mas em que havia sobretudo uma diáspora da cultura e identidade portuguesa.
Enganam-se – porém – os que pensam que este movimento de expansão parou no século XVI. Em pleno século XX, aconteceu uma 2.ª diáspora, com traços profundamente diferentes, marcada sobretudo por dificuldades económicas e inseguranças políticas, mas com idêntico resultado: difundiu-se ainda mais a presença portuguesa – a nossa língua, os nossos hábitos, a nossa cultura.
A 10 de Junho, Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas, é tempo de – para além de homenagearmos o maior expoente da literatura lusa – virarmos as atenções para os nossos “irmãos” espalhados pelos quatros cantos do Mundo.
Mas que este não seja um olhar furtivo e desinteressado. É altura de fortalecermos os laços que nos unem: laços que aqueles que se encontram fora de Portugal querem manter e que nós, portugueses em Portugal, nos esquecemos de cultivar.
A Juventude Social Democrata, reconhecendo a falta de apoio a que muitas vezes são votadas as comunidades lusas, defende os seguintes princípios:
A nível de ensino
– é imperativo solidificar e alargar a rede de escolas de língua e cultura portuguesa em todo o Mundo;
– é necessário facilitar a mobilidade de estudantes luso-descendentes para Portugal, nomeadamente criando processos mais ágeis de reconhecimento e acreditação de “curricula” estrangeiros;
– criar uma bolsa de estágios não só dentro da lusofonia, mas também em empresas portuguesas ou de luso-descendentes em países de língua não portuguesa.
A nível cultural
– é fundamental apoiar a difusão dos produtos culturais portugueses, da literatura à música, passando pela gastronomia e pela moda;
– é importante a criação e o desenvolvimento de espaços que difundam a tradição e a cultura portuguesas.
Não se pode ignorar por mais tempo a realidade que é a lusofonia. Temos de abandonar a ideia de que perpetuar uma Comunidade Portuguesa no Mundo é manter ligações do passado. Pelo contrário, a lusofonia é uma entidade dinâmica, com futuro e que pode desenvolver um papel fundamental na divulgação e promoção do nosso país.
Além disso, temos finalmente de perceber que ajudar a fortalecer a presença da identidade portuguesa tem uma dupla função: por um lado, permitimos aos jovens luso-descendentes conhecer melhor a cultura que todos partilhamos; por outro, permitimos às comunidades em que se inserem conhecer melhor a identidade das pessoas que acolheram.
Reconhecendo tudo isto, a JSD decidiu criar, dentro do Gabinete de Relações Internacionais, um grupo de trabalho que se vai debruçar exclusivamente sobre a lusofonia.
É hora de darmos a mão a quem tão fervorosamente quer abraçar a nossa cultura e tão entusiasticamente recebe qualquer “bocadinho de Portugal”. (O último exemplo, bastante claro, foi o acolhimento que a Selecção Portuguesa de Futebol teve na Alemanha.)
É altura de deixarmos de encarar a presença de portugueses pelo Mundo como uma consequência histórica. A luso-descendência é uma identidade em si mesma.
Juventude Social Democrata
Ana Filipa Janine
(Directora do Gabinete de Relações Internacionais)
Enganam-se – porém – os que pensam que este movimento de expansão parou no século XVI. Em pleno século XX, aconteceu uma 2.ª diáspora, com traços profundamente diferentes, marcada sobretudo por dificuldades económicas e inseguranças políticas, mas com idêntico resultado: difundiu-se ainda mais a presença portuguesa – a nossa língua, os nossos hábitos, a nossa cultura.
A 10 de Junho, Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas, é tempo de – para além de homenagearmos o maior expoente da literatura lusa – virarmos as atenções para os nossos “irmãos” espalhados pelos quatros cantos do Mundo.
Mas que este não seja um olhar furtivo e desinteressado. É altura de fortalecermos os laços que nos unem: laços que aqueles que se encontram fora de Portugal querem manter e que nós, portugueses em Portugal, nos esquecemos de cultivar.
A Juventude Social Democrata, reconhecendo a falta de apoio a que muitas vezes são votadas as comunidades lusas, defende os seguintes princípios:
A nível de ensino
– é imperativo solidificar e alargar a rede de escolas de língua e cultura portuguesa em todo o Mundo;
– é necessário facilitar a mobilidade de estudantes luso-descendentes para Portugal, nomeadamente criando processos mais ágeis de reconhecimento e acreditação de “curricula” estrangeiros;
– criar uma bolsa de estágios não só dentro da lusofonia, mas também em empresas portuguesas ou de luso-descendentes em países de língua não portuguesa.
A nível cultural
– é fundamental apoiar a difusão dos produtos culturais portugueses, da literatura à música, passando pela gastronomia e pela moda;
– é importante a criação e o desenvolvimento de espaços que difundam a tradição e a cultura portuguesas.
Não se pode ignorar por mais tempo a realidade que é a lusofonia. Temos de abandonar a ideia de que perpetuar uma Comunidade Portuguesa no Mundo é manter ligações do passado. Pelo contrário, a lusofonia é uma entidade dinâmica, com futuro e que pode desenvolver um papel fundamental na divulgação e promoção do nosso país.
Além disso, temos finalmente de perceber que ajudar a fortalecer a presença da identidade portuguesa tem uma dupla função: por um lado, permitimos aos jovens luso-descendentes conhecer melhor a cultura que todos partilhamos; por outro, permitimos às comunidades em que se inserem conhecer melhor a identidade das pessoas que acolheram.
Reconhecendo tudo isto, a JSD decidiu criar, dentro do Gabinete de Relações Internacionais, um grupo de trabalho que se vai debruçar exclusivamente sobre a lusofonia.
É hora de darmos a mão a quem tão fervorosamente quer abraçar a nossa cultura e tão entusiasticamente recebe qualquer “bocadinho de Portugal”. (O último exemplo, bastante claro, foi o acolhimento que a Selecção Portuguesa de Futebol teve na Alemanha.)
É altura de deixarmos de encarar a presença de portugueses pelo Mundo como uma consequência histórica. A luso-descendência é uma identidade em si mesma.
Juventude Social Democrata
Ana Filipa Janine
(Directora do Gabinete de Relações Internacionais)
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