sexta-feira, abril 20, 2007
Antes de aprendermos a fazer Nokias temos que dançar Flamenco!
A comparação sistemática à Finlândia, tendo-a como modelo de desenvolvimento e progresso económico só faz sentido se os pressupostos económicos, culturais e históricos sejam os mesmos nos dois países, o que na realidade não acontece. As assimetrias entre os dois são grandes para concebermos soluções para o funcionamento da nossa sociedade baseadas na sociedade finlandesa.
Mas se quisermos modelos e soluções mais adequadas à nossa realidade não necessitamos nem devemos ir atá à europa do norte. Quando olhamos a realidade ibérica vemos dois países que na sua caminhada para os niveis europeus de desenvolvimento vão em distintos comboios, Espanha vai de TGV e Portugal no intercidades. Segundo os daos o EUROSTAT Portugal aparenta valores favoráveis, como o da inflação - 2,1%, abaixo da média europeia (2,2%), contra 3,4% em Espanha. Porém, se compararmos as despesas de consumo final das famílias, vemos que, em 2005, cada espanhol gastou 11 800 euros, contra 8900 euros de cada português. O PIB per capita é um indicador nítido da diferença entre Portugal e Espanha, tal como os indicadores de produtividade, seja na relação PIB/emprego ou na razão PIB/horas trabalhadas. Nos dois primeiros desses três factores, Espanha está ao nível da média da União Europeia, caindo para os 90% da média comunitária quando toca à produtividade em função do tempo despendido. Como sabemos Portugal apresenta resultados muito abaixo dos nossos vizinhos.
Mas estas comparações são mais adequadas de fazer com os nossos vizinhos pois estes têm semelhanças conosco mais acentuadas que os países do norte da europa. Os países ibéricos além de partilharem um espaço geográfico, partilham também um passado comum como as ditaduras fascistas ou terem sido ambos países colonizadores. Logo, antes de apreendermos a fazer NOKIAS temos que aprender a dançar flamenco.
Gonçalo Godinho e Santos
Mas se quisermos modelos e soluções mais adequadas à nossa realidade não necessitamos nem devemos ir atá à europa do norte. Quando olhamos a realidade ibérica vemos dois países que na sua caminhada para os niveis europeus de desenvolvimento vão em distintos comboios, Espanha vai de TGV e Portugal no intercidades. Segundo os daos o EUROSTAT Portugal aparenta valores favoráveis, como o da inflação - 2,1%, abaixo da média europeia (2,2%), contra 3,4% em Espanha. Porém, se compararmos as despesas de consumo final das famílias, vemos que, em 2005, cada espanhol gastou 11 800 euros, contra 8900 euros de cada português. O PIB per capita é um indicador nítido da diferença entre Portugal e Espanha, tal como os indicadores de produtividade, seja na relação PIB/emprego ou na razão PIB/horas trabalhadas. Nos dois primeiros desses três factores, Espanha está ao nível da média da União Europeia, caindo para os 90% da média comunitária quando toca à produtividade em função do tempo despendido. Como sabemos Portugal apresenta resultados muito abaixo dos nossos vizinhos.
Mas estas comparações são mais adequadas de fazer com os nossos vizinhos pois estes têm semelhanças conosco mais acentuadas que os países do norte da europa. Os países ibéricos além de partilharem um espaço geográfico, partilham também um passado comum como as ditaduras fascistas ou terem sido ambos países colonizadores. Logo, antes de apreendermos a fazer NOKIAS temos que aprender a dançar flamenco.
Gonçalo Godinho e Santos
Comments:
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Caro Gonçalo considero o teu post bastante interessante e correcto na mensagem que transmite.
tens de me mandar o teu mail para trocar-mos ideias e iniciativas de ambas as Jotas,
Vai aparecendo pelo www.jsdfronteira.blogspot.com
Aquele abraço,
Bruno Madeira
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Vai aparecendo pelo www.jsdfronteira.blogspot.com
Aquele abraço,
Bruno Madeira
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