quinta-feira, setembro 27, 2007
E tudo o vento levou....
Estou envergonhado, insatisfeito e saturado do actual estado do nosso partido! Sendo eu um militante convicto dos meus ideais e defensor dos valores da social democracia encontro-me hoje numa situação incomodativa perante o actual estado das coisas. O país anda descontente com as políticas de um governo autoritário e autista mas com as projecções a continuarem a dar à esquerdalha no seu conjunto valores impensáveis para um país que se diz desenvolvido, a única interpretação que se tem destes factos é que esta oposição é uma lástima....E eu envergonho-me por isso. Mas o pior é que não existem soluções actualmente para este enquadramento: 2 candidatos, um que não é líder e duvido muito que algum dia o seja e outro que aproveitou sempre as mínimas falhas do actual presidente para fazer a sua caminhada, das suas características a que salta á vista é ser um caciqueiro profissional. É triste. Mas este sentimento não é exclusivamente meu, antes é partilhado por muitos daqueles que acham que podemos ter melhor e principalmente por aqueles que querem melhor para o país. Por estas razões nenhum dos candidatos merece o meu voto.
Gonçalo Godinho e Santos
Gonçalo Godinho e Santos
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Afinal as regras de ouro para as campanhas eleitorais...
são de lata!
A "Campanha pela positiva", o "não dizer mal de ninguém", o "não dizer toda a verdade para não ser negativo" o "não ser muito directo, que as pessoas não gostam", o "não ser bota-abaixo, mesmo que se tenha razão"...
... afinal todas essas tretas foram por água abaixo ontem à noite.
Menezes ganha com a campanha mais negativa e maledicente que se viu em Portugal até hoje.
O que prova que eu já tinha razão EM 2005.
Não em ser escandaloso ou maledicente, mas em ser activo e interveniente e chamar os bois pelos nomes.
E nunca para trabalhar, claro....
são de lata!
A "Campanha pela positiva", o "não dizer mal de ninguém", o "não dizer toda a verdade para não ser negativo" o "não ser muito directo, que as pessoas não gostam", o "não ser bota-abaixo, mesmo que se tenha razão"...
... afinal todas essas tretas foram por água abaixo ontem à noite.
Menezes ganha com a campanha mais negativa e maledicente que se viu em Portugal até hoje.
O que prova que eu já tinha razão EM 2005.
Não em ser escandaloso ou maledicente, mas em ser activo e interveniente e chamar os bois pelos nomes.
E nunca para trabalhar, claro....
Os militantes do PSD preferiram Menezes. Estão no seu direito mas, na minha modesta opinião, escolheram mal.
A ausência dos «notáveis» teve efeitos ainda mais arrasadores do que pensei. A culpa deste tiro no escuro é, essencialmente, do discurso populista e demagógico do novo líder dos laranjas, que aproveitou o esfrangalhamento completo do PSD para lançar um canto de sereia aos militantes, prometendo-lhes «mudança», «combate» e «vitórias», quando sabe, perfeitamente, que não tem quaisquer condições de se bater de igual para igual com Sócrates em 2009. Aliás, nem terá condições de dominar um partido que, em grande parte, não se revê nele e o olha com desconfiança.
Mas, justiça lhe seja feita, Menezes teve, pelo menos, o mérito de ir a jogo. Ganhou quase por falta de comparência de quem lhe bateria facilmente e soube ser o beneficiário da ideia (surpreendentemente maioritária) dos militantes de que com Marques Mendes não regressariam ao poder tão cedo.
Ainda mais responsáveis por este desastre são, obviamente, os putativos candidatos que não quiseram dar a cara na hora difícil, a tal «elite» que não gosta de sujar as mãos.
O PSD não soube esperar. Entre o facilitismo de Menezes e a consistência de Mendes, preferiu o facilitismo. Marques Mendes pagou demasiado caro a sua falta de carisma (indiscutível), mas também alguns erros que cometeu e não soube corrigir. Perdeu espaço de manobra na longa caminhada a que se propôs fazer e que poderia permitir a reconstrução da credibilidade do partido.
É incrível como o mesmo PSD que permitiu que se chegasse ao cúmulo de ter Santana Lopes como seu líder e, por consequência, chefe do Governo, não aprendeu a lição e, dois anos depois, eleja um político quase tão inconsistente como PSL.
Pode até ser que caia até lá, mas se Menezes chegar a 2009 como líder, José Sócrates poderá já festejar, com quase dois anos de antecipação, a sua segunda maioria absoluta.
Vai uma aposta?
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A ausência dos «notáveis» teve efeitos ainda mais arrasadores do que pensei. A culpa deste tiro no escuro é, essencialmente, do discurso populista e demagógico do novo líder dos laranjas, que aproveitou o esfrangalhamento completo do PSD para lançar um canto de sereia aos militantes, prometendo-lhes «mudança», «combate» e «vitórias», quando sabe, perfeitamente, que não tem quaisquer condições de se bater de igual para igual com Sócrates em 2009. Aliás, nem terá condições de dominar um partido que, em grande parte, não se revê nele e o olha com desconfiança.
Mas, justiça lhe seja feita, Menezes teve, pelo menos, o mérito de ir a jogo. Ganhou quase por falta de comparência de quem lhe bateria facilmente e soube ser o beneficiário da ideia (surpreendentemente maioritária) dos militantes de que com Marques Mendes não regressariam ao poder tão cedo.
Ainda mais responsáveis por este desastre são, obviamente, os putativos candidatos que não quiseram dar a cara na hora difícil, a tal «elite» que não gosta de sujar as mãos.
O PSD não soube esperar. Entre o facilitismo de Menezes e a consistência de Mendes, preferiu o facilitismo. Marques Mendes pagou demasiado caro a sua falta de carisma (indiscutível), mas também alguns erros que cometeu e não soube corrigir. Perdeu espaço de manobra na longa caminhada a que se propôs fazer e que poderia permitir a reconstrução da credibilidade do partido.
É incrível como o mesmo PSD que permitiu que se chegasse ao cúmulo de ter Santana Lopes como seu líder e, por consequência, chefe do Governo, não aprendeu a lição e, dois anos depois, eleja um político quase tão inconsistente como PSL.
Pode até ser que caia até lá, mas se Menezes chegar a 2009 como líder, José Sócrates poderá já festejar, com quase dois anos de antecipação, a sua segunda maioria absoluta.
Vai uma aposta?
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