segunda-feira, abril 21, 2008
Opinião da CPS JSD Fronteira
Com a anunciada demissão e não recandidatura de Luís Filipe Menezes à Presidência do PSD criou-se, no partido, um autêntico corrupio de movimentações de "ismos" e "istas".
Menezes, com a evidência de que o Menezismo nunca existiu, refugiou e refugia-se na sua atitude de proximidade e representatividade das bases do partido - como se jantares, apertos de mão e palavras de circunstância legitimassem uma liderança. É por isso que não acredito na muito falada "vaga de fundo". As bases (a não ser aquelas controladas pelo próprio) nunca se identificaram com o projecto político, se é que este existiu, de um líder que nunca o foi e cujo carácter nunca motivou grandes esperanças de alternativa ganhadora - a descida vertiginosa nas sondagem o legitimam. E nesse ponto as bases regram-se por um desígnio apenas -o da conquista do poder e Menezes nunca foi capaz de dar garantias nesse sentido.
Correndo o risco de aparecer outro candidato enquanto escrevo este post, existem duas candidaturas assumidas: Pedro Passos Coelho e José Pedro Aguiar Branco. O primeiro foi presidente da JSD, parece liderar uma nova vaga liberal e geracional de combate ao afunilamento do poder político nos mesmos rostos, cuja postura e gestão de intervenções e, especialmente, de silêncios tem primado por uma grande maturidade e bom senso. Poderá ser uma solução interessante no presente se este conseguir cativar um eleitorado que não conhece bem o seu rosto. É por isso que sinto que esta candidatura intenciona dois objectivos, acessórios às legitimas ambições de liderança, que reiteram a minha convicção de que Passos Coelho poderá ser solução mas apenas a médio prazo:
Passos Coelho irá intrumentalizar esta candidatura para se dar a conhecer à sociedade civil;
Passos Coelho irá sentir o pulso do partido tendo em vista a identificação do seu espaço dentro deste;
Esta candidatura Cinderela poderá assim ser a grande surpresa destas directas mas apenas se o partido sentir que o eleitorado aprecia o carácter e a figura de Passos Coelho.
Aguiar Branco parece-me uma candidatura com demasiados ses. Será candidato mas se Manuela Ferreira Leite ou Rui Rio avançarem retirar-se-á da corrida. Será candidato apenas se conseguir reunir apoios dentro do partido. Do rótulo da inconsistência, dos malabarismos, avanços e recuos ou dependências de terceiros já não se livra e isso é muito pouco para um candidato a líder de um partido como o PSD.
Temos, finalmente, os desejados: Manuela Ferreira Leite e Rui Rio.
Sou um grande apreciador da figura de Manuela Ferreira Leite, representa responsabilidade, competência e boa capacidade de análise e postura política mas sinto que a necessidade de mudança implica e exige uma face que a represente inequivocamente até para apagar a péssima imagem que estes últimos 7 meses deixaram de um partido instável que Sócrates tão bem soube explorar .
É aqui que surge o favorito de muitos sectores do partido - Rui Rio. A sua candidatura abarcaria todas as condições para ser uma alternativa válida e fiável para 2009. A sua postura temerária, responsável e lúcida abarca um conjunto de características que, tradicionalmente, agradam ao eleitorado português. Seria, na minha opinião, a única candidatura que mobilizaria em massa os militantes e dotaria o partido de renovado propósito, visão estratégica e união para os desafios políticos do futuro. Nunca teve dependências nem foi afecto a qualquer grupo interno, conquistou o seu espaço no partido a pulso e a forma como conquistou e geriu o município do Porto merece a nossa admiração.
Assim Rio sim, Coelho talvez, Aguiar Branco não.
Bruno Madeira
Menezes, com a evidência de que o Menezismo nunca existiu, refugiou e refugia-se na sua atitude de proximidade e representatividade das bases do partido - como se jantares, apertos de mão e palavras de circunstância legitimassem uma liderança. É por isso que não acredito na muito falada "vaga de fundo". As bases (a não ser aquelas controladas pelo próprio) nunca se identificaram com o projecto político, se é que este existiu, de um líder que nunca o foi e cujo carácter nunca motivou grandes esperanças de alternativa ganhadora - a descida vertiginosa nas sondagem o legitimam. E nesse ponto as bases regram-se por um desígnio apenas -o da conquista do poder e Menezes nunca foi capaz de dar garantias nesse sentido.
Correndo o risco de aparecer outro candidato enquanto escrevo este post, existem duas candidaturas assumidas: Pedro Passos Coelho e José Pedro Aguiar Branco. O primeiro foi presidente da JSD, parece liderar uma nova vaga liberal e geracional de combate ao afunilamento do poder político nos mesmos rostos, cuja postura e gestão de intervenções e, especialmente, de silêncios tem primado por uma grande maturidade e bom senso. Poderá ser uma solução interessante no presente se este conseguir cativar um eleitorado que não conhece bem o seu rosto. É por isso que sinto que esta candidatura intenciona dois objectivos, acessórios às legitimas ambições de liderança, que reiteram a minha convicção de que Passos Coelho poderá ser solução mas apenas a médio prazo:
Passos Coelho irá intrumentalizar esta candidatura para se dar a conhecer à sociedade civil;
Passos Coelho irá sentir o pulso do partido tendo em vista a identificação do seu espaço dentro deste;
Esta candidatura Cinderela poderá assim ser a grande surpresa destas directas mas apenas se o partido sentir que o eleitorado aprecia o carácter e a figura de Passos Coelho.
Aguiar Branco parece-me uma candidatura com demasiados ses. Será candidato mas se Manuela Ferreira Leite ou Rui Rio avançarem retirar-se-á da corrida. Será candidato apenas se conseguir reunir apoios dentro do partido. Do rótulo da inconsistência, dos malabarismos, avanços e recuos ou dependências de terceiros já não se livra e isso é muito pouco para um candidato a líder de um partido como o PSD.
Temos, finalmente, os desejados: Manuela Ferreira Leite e Rui Rio.
Sou um grande apreciador da figura de Manuela Ferreira Leite, representa responsabilidade, competência e boa capacidade de análise e postura política mas sinto que a necessidade de mudança implica e exige uma face que a represente inequivocamente até para apagar a péssima imagem que estes últimos 7 meses deixaram de um partido instável que Sócrates tão bem soube explorar .
É aqui que surge o favorito de muitos sectores do partido - Rui Rio. A sua candidatura abarcaria todas as condições para ser uma alternativa válida e fiável para 2009. A sua postura temerária, responsável e lúcida abarca um conjunto de características que, tradicionalmente, agradam ao eleitorado português. Seria, na minha opinião, a única candidatura que mobilizaria em massa os militantes e dotaria o partido de renovado propósito, visão estratégica e união para os desafios políticos do futuro. Nunca teve dependências nem foi afecto a qualquer grupo interno, conquistou o seu espaço no partido a pulso e a forma como conquistou e geriu o município do Porto merece a nossa admiração.
Assim Rio sim, Coelho talvez, Aguiar Branco não.
Bruno Madeira