quinta-feira, junho 26, 2008

 

COMUNICADO DA DIRECÇÃO DA COMISSÃO POLÍTICA DO PSD DE PONTE DE SÔR


Pela nossa terra

Caros Concidadãos,

Na sequência do anúncio do encerramento da DELPHI, recentemente fomos brindados em nossas casas, com dois comunicados do executivo municipal, liderado pelo Partido Socialista, comunicados estes, como sempre, no melhor estilo a que já estamos habituados, grosseiros, ofensivos, e, como sempre, depois de 15 anos sob gestão PS, continuam a falar do passado, mas nada informam ou esclarecem.Releva-se apenas que este executivo socialista, pretende adquirir as instalações fabris a um preço simbólico, que num ápice, qual golpe de magia teria ali, uma ou duas empresas, que absorveriam os futuros desempregados do concelho, mais do que isso, absorveria, 600 a 700 postos de trabalho.

É caso para perguntar:

Porque não se começa já a fazer um pavilhão para dar a tão interessados industriais?

Questiona-se então que indústrias são estas que fazem depender o seu projecto industrial de naves industriais já construídas?

Ou ainda, (porque se assim é) por que motivo, a câmara não exerceu o direito de compra das instalações da Presvial, como lhe foi proposto pelo PSD?

Ou será que vamos ali ter mais uma cadeia de lojas, com direito a bandeira do município hasteada, para acabar de vez com o comércio local?

Que politica industrial é esta, que em anos de crise económica o município andou a multar alguns industriais do concelho por não terem criado os empregos que prometeram?

Por que ainda não foi capaz de criar um Gabinete de Apoio às pequenas e médias empresas do concelho, aflitas com uma crise económica profunda são ainda por cima sobrecarregadas com processos da ASAE, da Inspecção do Trabalho, do SEPNA, do Ambiente, etc? Que fez a câmara para os ajudar?

E para contrariar este desemprego, onde estão as centenas de postos de Trabalho em Montargil?

Onde estão as contrapartidas à população de Montargil da venda do parque de campismo?Onde estão as contrapartidas da venda das herdades do município, hotel de 5 estrelas, 200 postos de trabalho?

Uma palavra de louvor e de agradecimento a todos os colaboradores da DELPHI, que trabalharam para que esta empresa tenha sido um marco indelével na história do concelho da região e do país. Afinal, foram uns heróis que aguentaram 30 anos quando tinham já concorrência desleal há muito tempo:

Tinham matérias-primas próximas? Não

Tinham fornecedores próximos? Não

Tinham os clientes próximos? Não

Tinham a energia barata? Não

Tinham os combustíveis baratos? Não

Não se percebe como esta autarquia (ainda) não soube aproveitar o facto de ter a ferrovia junto à sua zona industrial.Um quadro económico desfavorável a nível mundial e a concorrência dos países de Leste, ajudado pela Comunidade Europeia, da mesma forma que nos ajudou a nós, permite agora esta decisão.O mínimo que agora se esperaria de um governo e uma autarquia ditos “socialistas” é que procurassem isentar de tributação fiscal as compensações que os trabalhadores irão receber, especialmente aqueles de rendimentos inferiores.É imoral, vergonhoso até, que se taxe quem perca o seu posto de trabalho por extinção do mesmo.

Estamos fartos desta retórica socialista que se pavoneia pelo estrangeiro apenas com finalidades culturais sem captar investimentos ou ideias para o concelho, nomeadamente na área educativa.

Estamos fartos de comparações com os comunistas, pois esses já foram derrotados nas urnas, tiveram o seu tempo e têm direito a ser oposição, apesar das suas ideias ultrapassadas e irrealistas na defesa de uma sociedade sem classes.

Está gasto o argumento de que até têm feito alguma coisa nos últimos anos, como se isso não fosse um imperativo decorrente de quem recebe dinheiros públicos como se alegadamente fossem seus, aliás, comparem-se as mesmas obras noutros concelhos do Distrito, as Piscinas do Crato, os Estádios em Elvas, o edifício da Câmara de Portalegre, a Praia Fluvial em Fronteira, por exemplo.

Há muito que deixaram de nos convencer que armados em moralistas se venham arvorar os únicos defensores daqueles com necessidades económicas.

O PSD, enquanto oposição séria, atenta e positiva que embora tenha estado de acordo com algumas iniciativas deste executivo, também entende que poderia ter sido feito muito mais e melhor, como por exemplo, no apoio às pequenas e médias indústrias, no apoio ao comercio local, na criação de um cartão do idoso para comparticipação nos medicamentos, numa melhor colaboração com as Misericórdias, proporcionando mais vagas e garantindo mensalidades mais baixas, no apoio ao desenvolvimento de outras modalidades desportivas, numa politica cultural a sério, de que tantos belos exemplos existem no país e mais uma vez, vejam-se dois ou três casos aqui do Distrito, no apoio inequívoco às instituições musicais que tanto têm dado pela nossa terra, enfim, por estes e outros motivos entendemos que era possível fazer melhor.

A Direcção da Comissão Política do PSD de Ponte de Sôr

NOTA: Este comunicado não foi pago pela câmara

terça-feira, junho 24, 2008

 

Objectivo: EMPREENDEDORISMO

A competitividade é dos maiores desafios que hoje se apresentam ao país. Não são só as empresas e os profissionais portugueses que hoje competem com os seus congéneres europeus e internacionais. Também o Estado português compete com os seus parceiros por mais e melhor investimento, pela captação de mão-de-obra qualificada e pela qualificação e retenção dos seus melhores valores.Assim, cada decisão pública deve ter em conta esta dimensão. Uma tal consciência terá implicações que teremos ocasião de assinalar a propósito de outros capítulos desta moção. Assim, o Estado não pode aumentar os impostos sem antes considerar o impacto que uma tal medida terá na competitividade do país. O mesmo acontece com as leis laborais, protecção social e Administração Pública. Arriscamo-nos a ter o país ideal onde ninguém quer viver! As decisões públicas devem, por isso, sempre ser norteadas pela competitividade nacional e pela capacidade de atracção do melhor investimento e da mais qualificada mão-de-obra bem como pela sua retenção no território nacional.
O apelo à competitividade tem também profundas implicações na Administração Pública. Um sistema de serviço público, nas mais diversas áreas, que funcione mal, contribui para a degradação da imagem do país. A Administração Pública deve encarar-se a si própria como o “front office” nacional, a cara do investimento e da modernização do país. Não faz qualquer sentido manter uma ideia de privilégio, desadequada aos tempos modernos.
A Administração não lida com súbditos, antes sim com utentes que podem demandar os mesmos serviços noutro Estado concorrente.Assim, numa lógica de competitividade, o que impedirá uma empresa, portuguesa ou estrangeira, de procurar outros destinos na eventualidade de não se encontrar satisfeita com os serviços prestados pela nossa Administração Pública? Suportará, apenas, o custo da deslocação que será, muitas vezes, como a prática recente abundantemente demonstra, inferior ao custo da permanência num sistema obsoleto e bloqueado.O mesmo se passa com os cidadãos.
A imagem de alguém que abandona o seu país, emigrando, por se encontrar insatisfeito com o atendimento numa repartição pública não deixa de nos aparecer como pouco credível. Todavia não é de menosprezar o efeito de desgaste, de descrédito, que a permanente exposição a tal ineficiência vai provocando no sentir colectivo.Assim, deve a Administração Pública ser confrontada com a competitividade externa e interna. Quer isto significar que a verdadeira reforma da Administração Pública passa, neste campo, por permitir que os seus serviços sintam as consequências da competitividade. Isto passaria por introduzir na Administração uma gestão por objectivos, fazendo repercutir nos seus responsáveis os efeitos dos maiores ou menores sucessos da sua gestão. Sempre que tal fosse possível (saúde, educação), a Administração deve ser posta em concorrência directa com os privados financiando-se directamente o utente que poderá livremente escolher. Só assim se permitirá a maior eficiência do serviço público, diminuindo os gastos e aumentando a qualidade.
No limite, se determinado serviço se não revelasse competitivo em relação ao sector privado, não deve ser colocado um tabu ao seu encerramento, devendo essa consequência ter-se por natural no quadro de uma economia de mercado.Nos casos de verdadeira falha de mercado, sectores onde os privados não possam ou não tenham interesse em actuar, deve ser colocada a fasquia na concorrência internacional. Assim, deve ser feita uma pós-avaliação / controlo de qualidade do procedimento administrativo recorrendo-se, porventura, a inquéritos de satisfação dos utentes. O nível das reclamações deverá ter impacto na compensação dos serviços sendo atribuída máxima relevância à constatação de saída de investimento (financeiro, humano, técnico, etc.) do território nacional.
O investimento público deve ser colocado ao serviço da competitividade. Fica claro que hoje o Keynesianismo puro não pode funcionar. O desequilíbrio das contas públicas não permite aquecer a economia através do investimento público cego. Hoje as exigências de gestão dos dinheiros públicos exigem dos políticos o critério e o engenho que foram outrora porventura dispensados.
Devem ser incentivados projectos e iniciativas que promovam a competitividade, quer pela criação de valor interno, quer pela atracção de projectos internacionais. Assim, investidores, intermediadores de investimento, Universidades, empreendedores, devem ser apoiados pelo Estado no seu esforço de internacionalização.Este apoio não passa, naturalmente, por apoio financeiro directo. Tal seria não só perverso como contrário às regras comunitárias que proíbem os auxílios de Estado. Deve, todavia, o Estado promover acções efectivas de marketing nacional, de diplomacia económica e cultural, de criação de plataformas de suporte do investimento estrangeiro em Portugal, desde o momento da sua captação até ao momento da sua concretização.
Em suma, Portugal tem de se reinventar, mostrar-se competitivo, moderno, interessante. Isto não passa por alimentar uma máquina burocrática pesada e obsoleta mas antes por renovar esta máquina colocando-a ao serviço da competitividade e da inovação. A falta de investimento não pode ser imputada à estrutura do Estado. Esta não pode ser empecilho ao desenvolvimento, deve ser o seu motor. E se os empresários nacionais não aproveitarem essa máquina? Outros o farão, todos ganharemos

JSD Nacional

terça-feira, junho 10, 2008

 

A (Ir)Responsável

O Mundo altamente competitivo em que vivemos é uma realidade incontornável. Hoje não basta sermos bons, temos que ser os melhores, sob pena de sermos ultrapassados. O esforço que cada um de nós faz na nossa escola, no nosso emprego, na sociedade deixou de ser uma opção, ao invés, é uma obrigatoriedade para todos aqueles que queiram vingar, tanto nos estudos, como na sua empresa ou ainda na sua comunidade. Mas assim como todo o nosso envolvente é exigente para connosco, também nós temos de o ser para com ele.
Actualmente, o truque não está em ser diferente, está antes em ser mais exigente. Ser exigente, não é pedir o impossível, é exigir o melhor. E é o melhor que eu exijo para Ponte de Sor enquanto munícipe.
Preocupa-me os últimos acontecimentos relativos à panorâmica socioeconómica da minha terra. O anunciado encerramento do maior empregador do concelho não deixa ninguém indiferente. No que respeita à juventude pontessorense, ciente do que é o fenómeno da globalização, encara com inquietação toda esta situação. É a confirmação que a nossa cidade ainda não tem para oferecer aos mais jovens saídas profissionais. São elas poucas, precárias e cada vez menos.
No caso do fecho da Delphi, interrogo-me sobre uma série de questões. Não digo que a câmara não tem feito os possíveis para negociar e minimizar os efeitos desta situação. Mas vejamos,
- Há quanto tempo se sabe que a Delphi iria fechar?
- O que foi feito para se evitar este desenrolar?
- Que alternativas a câmara preparou para as pessoas que a Delphi vai deixar no desemprego?
Há muito tempo que era previsível este desfecho. O que foi feito para se evitar o encerramento da fábrica (quando falo no passado falo de há 5, 6 anos para cá), acredito que tenha sido muito…mas esse muito parece que foi pouco ou então mal feito. É dever do estado, em consonância com as empresas, tomar as devidas precauções perante as dificuldades, oportunidades e constrangimentos com que nos deparamos. Mais responsabilidade ainda tem o estado perante situações que são previsíveis de acontecer. Localmente, são as câmaras as entidades que devem salvaguardar os nossos interesses enquanto munícipes.
A câmara é uma das responsáveis pelo encerramento da Delphi. Ou melhor, é a responsável pelo número de pessoas que vão para o desemprego. Isto porque,
- Não soube negociar condições mais vantajosas para a permanência da Delphi;
- Não arranjou alternativas para a reinserção profissional dos trabalhadores até agora…e já lá vão tantos anos.
Com a gestão deste processo por parte da câmara, esta dá um sinal, muito negativo, a todos aqueles que gostariam de trabalhar no concelho de Ponte de Sor
Sempre tive esperança, que após tantos anos de viagens regulares ao estrangeiro do executivo da câmara, tantos amigos que fizeram por esse mundo fora, a câmara conseguisse trazer para Ponte de Sor novas indústrias ou então aumentasse as nossas exportações. Na realidade, não aumentámos as exportações, não vieram mais industrias, nem tão pouco os amigos!
Temos que ser mais exigentes. Estas situações são lamentáveis. As viagens são importantes e concordo com elas, mas não podem ser exclusivamente para lazer, tanto mais que o dinheiro gasto nas deslocações é de todos e os dinheiros públicos devem sempre ser investidos em todos, não gastos apenas por alguns.

Gonçalo Godinho e Santos


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