JSD PONTE DE SOR

Celebra-se hoje o Dia da Terra. Mais de 35 anos após Gaylord Nelson (senador norte-americano) ter convocado, pela primeira vez, um protesto contra a poluição, a questão da protecção da Terra e do património geológico reveste-se, hoje mais do que nunca, de uma actualidade gritante. A UE tem vindo a tomar a dianteira na protecção do planeta. Seja através de um calendário próprio, como no caso do programa Natura 2000 (veja também o site do I.C.N.), dedicado à protecção da biodiversidade dos Estados Membros, seja pela assunção de compromissos globais, como no caso do protocolo de Kyoto ou, mais recentemente, na conferência de Bali, a voz da Europa tem sido firme e consistente. A procura de soluções ambientalmente responsáveis tem sido uma prioridade e a agenda da Comissão Europeia é clara nos seus objectivos: combater o aquecimento global, reduzir as emissões de CO2 e apostar nas energias renováveis. Consciente de que as metas a que se propõe são tão ambiciosas quanto necessárias, a UE continuará a esforçar-se para que a nível global se crie uma consciência ambiental e se interiorize um desenvolvimento que respeite escrupulosamente a sustentabilidade e o futuro das gerações vindouras. No dia em que, simultaneamente, se celebra também em Portugal o Dia Nacional do Património Geológico, a Juventude Social Democrata alia-se entusiasticamente às celebrações e reafirma o total comprometimento com o desenvolvimento sustentável e a protecção do planeta Terra.

JSD

Crato, Portalegre, 19 Abr (Lusa) - O presidente da câmara de Ponte de Sor (Portalegre), Taveira Pinto, recusou hoje considerar uma "tragédia" o encerramento da fábrica local da multinacional norte-americana Delphi, com o despedimento de mais de 500 operários.
"Tragédia nenhuma. Tragédia era se eu assumisse uma depressão colectiva no concelho de Ponte de Sor e disséssemos que era o fim do mundo", declarou o autarca, ao intervir durante um seminário sobre economia no distrito de Portalegre, que decorreu na vila de Crato.
O autarca, que falava na presença do ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, defendeu ainda que as instalações da fábrica da Delphi deveriam passar para a posse da autarquia.
"Dêem-me a mim as instalações da Delphi que eu, ao fim de ano e meio ou dois, tenho lá uma outra empresa ou mais do que uma", assegurou.
Taveira Pinto mostrou ainda compreender os argumentos apresentados pela administração da Delphi para a deslocalização da unidade fabril.
"Eu sei que as multinacionais no mundo global, e qualquer um de nós que tenhamos uma empresa, vamos para onde nos dão mais condições. E se na Hungria dão mais condições, porque os salários são inferiores aos de Ponte de Sor, é lógico que eles vão para a Hungria", disse.
O autarca de Ponte de Sor defendeu que as entidades que têm poder de decisão nos processos de negociação com as multinacionais, quando estas se pretendem instalar deveriam salvaguardar, à partida, a posse das instalações.
"Uma empresa vem para Portugal, vem para o distrito de Portalegre, é multinacional, o que é que nós devemos salvaguardar à cabeça? São as instalações", reforçou.
O autarca, que revelou aos presentes não ter "medo de nada", nem andar a "chorar ao ombro de ninguém" sobre o desenvolvimento da região, manifestou o desejo, no entanto, de que o distrito de Portalegre possua um plano estratégico claro de desenvolvimento económico.
A fábrica de Ponte de Sor da Delphi, que emprega 439 operários efectivos, além de cerca de 80 a contrato, produz apoios, mecanismos para portas de correr automatizadas e sistemas de protecção de ocupantes para vários modelos de veículos automóveis.
O encerramento da fábrica já foi anunciado pela empresa e, segundo dirigentes sindicais, fechará portas durante o primeiro trimestre do próximo ano.
Na sequência do anúncio do fecho da fábrica, estão em curso negociações entre a administração e representantes sindicais dos trabalhadores para a atribuição de indemnizações.
O processo negocial, no âmbito do qual as partes ainda não chegaram a acordo, prossegue durante a próxima semana.

HYT/RRL.
Lusa/Fim
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-04-19 21:25:02

23:40

Acabou agora a 1ª parte do programa Prós e Contras e o que assistimos é um debate interessante sobre o partido, mas um debate que devia ser feito dentro de portas. Não compreendo como é que 2 candidatos à liderança do PSD em vez de apresentarem os seus projectos políticos para o país, o caminho para a saída da crise económica em que nos encontramos, perdem tempo a falar do passado e da matriz ideológica do partido.
Já todos sabemos que o partido está em crise, quem a provocou e quando. Interessa agora olhar em frente. Apresentar ideias. Os candidatos que têm a oportunidade de se fazerem valer estão a perder tempo com questões menores tanto para os militantes como para o país.
2 opiniões com as quais me identifico, uma de cada candidato:
Pedro Passos Coelho – A visão mais liberal da sociedade. O estado deve ser mais regulador e menos interveniente. Partilho da opinião, apesar de actualmente o país ainda está muito dependente do estado.
Patinha Antão – O PSD é o espelho da sociedade portuguesa. Não posso estar mais de acordo.

Gonçalo Godinho e Santos

Com a anunciada demissão e não recandidatura de Luís Filipe Menezes à Presidência do PSD criou-se, no partido, um autêntico corrupio de movimentações de "ismos" e "istas".
Menezes, com a evidência de que o Menezismo nunca existiu, refugiou e refugia-se na sua atitude de proximidade e representatividade das bases do partido - como se jantares, apertos de mão e palavras de circunstância legitimassem uma liderança. É por isso que não acredito na muito falada "vaga de fundo". As bases (a não ser aquelas controladas pelo próprio) nunca se identificaram com o projecto político, se é que este existiu, de um líder que nunca o foi e cujo carácter nunca motivou grandes esperanças de alternativa ganhadora - a descida vertiginosa nas sondagem o legitimam. E nesse ponto as bases regram-se por um desígnio apenas -o da conquista do poder e Menezes nunca foi capaz de dar garantias nesse sentido.
Correndo o risco de aparecer outro candidato enquanto escrevo este post, existem duas candidaturas assumidas: Pedro Passos Coelho e José Pedro Aguiar Branco. O primeiro foi presidente da JSD, parece liderar uma nova vaga liberal e geracional de combate ao afunilamento do poder político nos mesmos rostos, cuja postura e gestão de intervenções e, especialmente, de silêncios tem primado por uma grande maturidade e bom senso. Poderá ser uma solução interessante no presente se este conseguir cativar um eleitorado que não conhece bem o seu rosto. É por isso que sinto que esta candidatura intenciona dois objectivos, acessórios às legitimas ambições de liderança, que reiteram a minha convicção de que Passos Coelho poderá ser solução mas apenas a médio prazo:
Passos Coelho irá intrumentalizar esta candidatura para se dar a conhecer à sociedade civil;
Passos Coelho irá sentir o pulso do partido tendo em vista a identificação do seu espaço dentro deste;
Esta candidatura Cinderela poderá assim ser a grande surpresa destas directas mas apenas se o partido sentir que o eleitorado aprecia o carácter e a figura de Passos Coelho.
Aguiar Branco parece-me uma candidatura com demasiados ses. Será candidato mas se Manuela Ferreira Leite ou Rui Rio avançarem retirar-se-á da corrida. Será candidato apenas se conseguir reunir apoios dentro do partido. Do rótulo da inconsistência, dos malabarismos, avanços e recuos ou dependências de terceiros já não se livra e isso é muito pouco para um candidato a líder de um partido como o PSD.
Temos, finalmente, os desejados: Manuela Ferreira Leite e Rui Rio.
Sou um grande apreciador da figura de Manuela Ferreira Leite, representa responsabilidade, competência e boa capacidade de análise e postura política mas sinto que a necessidade de mudança implica e exige uma face que a represente inequivocamente até para apagar a péssima imagem que estes últimos 7 meses deixaram de um partido instável que Sócrates tão bem soube explorar .
É aqui que surge o favorito de muitos sectores do partido - Rui Rio. A sua candidatura abarcaria todas as condições para ser uma alternativa válida e fiável para 2009. A sua postura temerária, responsável e lúcida abarca um conjunto de características que, tradicionalmente, agradam ao eleitorado português. Seria, na minha opinião, a única candidatura que mobilizaria em massa os militantes e dotaria o partido de renovado propósito, visão estratégica e união para os desafios políticos do futuro. Nunca teve dependências nem foi afecto a qualquer grupo interno, conquistou o seu espaço no partido a pulso e a forma como conquistou e geriu o município do Porto merece a nossa admiração.
Assim Rio sim, Coelho talvez, Aguiar Branco não.

Bruno Madeira

Depois de Ângelo Correia ter afirmado que Manezes é homem de palavra e não é candidato, como já tinha previsto, Menezes não vai aparecer nem com vaga de fundo. Nesta altura já são quatro os candidatos a líder dos sociais democratas: Passos Coelho, Aguiar Branco, António Neto da Silva e Mário Patinha Antão.Não creio que algum deles consiga a adesão do eleitorado até 2009 para derrotar Sócrates. Os nomes com mais peso ainda não se decidiram: Manuela Ferreira Leite, António Borges e Rui Rio. Qualquer um destes, se conseguisse a adesão incondicional do PSD sem oposições ou facções, teria muitas hipóteses de sair vencedor.Ferreira Leite teria a adesão quase total do partido, mas a sua passagem pelo Ministério das Finanças deixou algumas marcas, e haverá eleitorado que não irá com a cara da senhora. António Borges é mal conhecido do eleitorado e tem alguns opositores internos que teimam em chamá-lo de D.Sebastião. Rui Rio só teria de ser aceite pelos "menezistas", já que as relações entre Rio e LFM sempre foram conflituais.Mas como as coisas no PSD nunca avançam pelo caminho mais coerente, temo que depois de PSL, Mendes e LFM, se prefile mais um low profile.~

Carlos Marques Sousa

A saída de Menezes da direcção do partido pode ser um ponto de partida. Um ponto de partida para uma nova atitude e maneira de estar e actuar politicamente na sociedade. A nível nacional, essa atitude poderá ser personalizada naquele que será o próximo líder do PSD saído das directas de 24 de Maio. A nível local, a atitude poderá ser personalizada naquele que for o mais capaz, disponível e apto para os tempos que se avizinham.
Está na altura de também o PSD de Ponte de Sor dizer sim ao combate político e dizer não ao conformismo da resignação. É preciso que a estrutura saia à rua, que comece a ouvir as populações, que esteja mais atenta aos anseios das pessoas, que esteja disponível para abraçar novas bandeiras, que desenhe uma estratégia, que trace um rumo e que mais brevemente possível apareça com o seu melhor candidato.


Gonçalo Godinho e Santos

Finalmente que Luis Filipe Menezes se demitiu! Afirmo-o com a legitimidade de nunca o ter apoiado e de o ter sempre criticado. Os partidos não são clubes de futebol, em que mostramos apoio mesmo que os jogadores não joguem o que lhes pagam. Como não gostava do presidente do partido, sentia-me no direito de não me identificar com a sua política. Mais me agrada o facto de ver pessoas como Ribau Esteves e Marco António também (espero) abandonarem lugares de destaque no PSD. Não tirando o mérito aos 3, que nas suas câmaras foram exemplares mas que na exposição nacional confirmaram a nulidade que eu previa. Não é ao acaso que pessoas, que são as minhas referências, como Marcelo Rebelo de Sousa, Manuela Ferreira Leite, Rui Rio, António Borges ou mesmo Durão Barroso e Marques Mendes, se colocaram à margem das opções políticas desastrosas de Menezes.
Espero sinceramente que o PSD tome outro rumo. Que adopte uma atitude mais proactiva, menos pactuante com o governo e acima de tudo mais próxima das necessidades reais da população. A contestação social a este governo não se tem traduzido numa quebra de popularidade do nosso Primeiro Ministro. No entanto, a degradação da situação económica da sociedade tem se reflectido no quotidiano do País. Perante esta situação o PSD, enquanto alternativa de governo tem que apresentar soluções credíveis. Mas a credibilidade das soluções está directamente relacionada com o seu interlocutor. Credibilidade é o que as pessoas mais querem ver num próximo líder do PSD. É também o que eu espero.


Gonçalo Godinho e Santos

17 de Abril de 2008, 22:12
O líder do PSD convocou eleições directas para 24 de Maio e prometeu que "não está na corrida".Num repto a quem o tem criticado, Luís Filipe Menezes, acrescentou que "é chegada a hora de ver os críticos nesta batalha. Não há nenhum motivo para desculpas. Todos os que estes meses indiciaram que podiam ser bons líderes têm agora uma oportunidade para mostrarem que são líderes carismáticos."O líder do PSD fez esta declaração, esta noite, na sede do partido, em Lisboa, após uma reunião da Comissão Política Nacional.
Menezes está na liderança do PSD há cerca de meio ano, tomou posse a 28 de Setembro depois de vencer as eleições directas contra Marques Mendes, e reconheceu que não conseguiu "calar o clima permanente de conspiração interna". Uma liderança tem de se afirmar, seis meses depois reconheço que não consegui vencer estas contrariedades internas, para mim chega. A minha honra e dignidade não me permitem mais cedências".Menezes adiantou que regressa à presidência da Câmara Municipal de Gaia.
Ângelo Correia, presidente da Mesa do Congresso, já comentou a demissão, afirmando que Luís Filipe Menezes "foi de facto uma vítima com toda a razão, Vítima, em grande parte, do seu partido." Santana Lopes não quis comentar, quando abandonou a sede do PSD.
A demissão do líder do PSD teve lugar no mesmo dia em que o deputado Aguiar Branco declarou que pretendia desafiar Luís Filipe Menezes na liderança do partido, garantindo ainda estar disponível para tentar derrotar José Sócrates nas legislativas de 2009.
Na mesma entrevista, Aguiar Branco defendeu que, até ao final do ano e para não definhar, o PSD deveria ter um congresso e uma nova eleição para a liderança do partido

No dia 8 de Março, a Comissão Politica da JSD do Distrito de Portalegre promoveu, mais uma vez, um encontro de trabalhos. Em Fronteira, este evento de carácter rotativo, denominado Cimeira Alentejo 2008, contou com dezenas de jovens militantes que, através de várias reuniões temáticas, procuraram encontrar matérias que serão introduzidas na agenda política e, consequentemente, constituirão bases de propostas consideradas importantes para o rumo do Distrito.
A Cimeira Alentejo 2008 teve lugar no Centro Cultural de Fronteira, onde, a partir das 12h30 começaram a chegar jovens militantes da JSD. Após a sessão de abertura, os participantes dividiram-se em grupos de trabalho e ocuparam as quatro salas temáticas. Emprego, Educação, Potencialidades do Alentejo e Compromisso Alentejo foram os temas escolhidos para estudo e debate na edição deste ano. No final da tarde, e com as reuniões terminadas, os jovens correram novamente no auditório do Centro Cultural, expondo as suas conclusões.No final da Cimeira, Bruno Madeira, da organização, afirmou que este tipo de encontros tenta incutir na juventude uma preocupação com os temas estruturantes para o futuro do Alentejo, mostrando o papel dos jovens nesse mesmo futuro. Por essa razão, foram escolhidos "temas que consideramos apropriados e que devem ser introduzidos na agenda política, debatidos, analisados para, posteriormente, apresentar propostas que, consequentemente definirão as bandeiras a JSD no ano de 2008 e também 2009, um ano importantíssimo na definição do rumo político, quer do nosso País, quer da nossa região", aclarou.
Bruno Madeira adiantou que esta linha de rumo não será imposta a ninguém e que o objectivo é apenas disponibilizar opiniões, expectativas e apresentar propostas de um modo construtivo para o partido, para a sociedade civil, para os agentes económicos e, principalmente, para os agentes políticos. Na sua opinião, a JSD "tem autonomia em relação ao partido, tem a sua própria matriz de irreverência e processos muito próprios que a distinguem. Queremos marcar a agenda política no sentido de apresentar propostas e mostrar que estamos disponíveis para discutir os assuntos que consideramos importantes e o Compromisso Alentejo é um tema que consideramos que deve partir de cada um de nós. Não só dos militantes do partido, mas um compromisso de amor para com o Alentejo", frisou, explicando que apesar de alguns militantes exercerem a sua actividade profissional fora do Alentejo, "o amor pela região permanece". "Acreditamos que esse compromisso deve ser assumido por todos, para ajudarmos a região a ficar melhor", vincou.
Relativamente aos temas debatidos, Bruno Madeira destacou que a Educação, a desertificação e o envelhecimento populacional são temas de grande pertinência e "um sério aviso à governação de que algo não está a ser feito como devia". Por esse motivo, "a JSD pretende marcar a agenda em termos temáticos e de apresentação de propostas. O combate político está implícito nesse processo e acredita-mos que é importante a intervenção e a definição vincada da agenda política por parte dos jovens e da JSD, no seu papel de oposição às políticas que não favorecem o nosso País", referiu.
Em jeito de conclusão, Bruno Madeira disse ainda que o objectivo da JSD passa por mudar o rumo do Alentejo, que, na sua opinião, "tem permanecido adiado". "Reconhecemos todas as suas potencialidades, valências e a vantagem competitiva que pode assumir. Existe potencial, temos sectores de qualidade que se superiorizam em termos comparativos com outros que existem por aí fora e, como tal, os jovens do Alentejo querem influenciar, como puderem, o futuro e o rumo do Alentejo. Estou convicto que com actividades como estas, com a concertação de estratégias, não só de Portalegre, mas também de Évora, o trabalho tornar-se-á mais simples", concluiu.

André Relvas

in "Jornal Fonte Nova" - 15 de Março 2008